No final de 1907, um grupo de lavradores despertava curiosidade geral entre os moradores de Conceição de Macabu, distrito de Macaé, no interior do estado do Rio de Janeiro. Fisicamente diferentes, com roupas e costumes exóticos, língua incompreensível, eles trabalhavam duro nos limites da Fazenda de Santo Antônio, uma das maiores da região.
Eram todos japoneses, e ninguém jamais vira um japonês em carne e osso por ali. Ao contrário da maioria dos imigrantes que chegaram ao Brasil naquele período, não eram simples meeiros ou empregados de um latifúndio. Vieram comercializar por conta própria o que conseguissem plantar e colher, num sistema em que o Estado entrava com a terra e eles, com a produção. O grupo não era diferente só na origem asiática ou na forma pela qual tomaram posse da antiga fazenda. Foram protagonistas do primeiro projeto de colônia agrícola tocado com mão-de-obra nipônica no Brasil. Isto se deu sete meses antes da chegada a São Paulo do navio Kasato Maru, tido como marco oficial do início da imigração japonesa no país.
O destino desses imigrantes foi determinado pelo momento político e econômico que vivia seu país de origem. O progresso e a acelerada modernização experimentada durante a chamada Era Meiji — reinado do imperador Meiji Tenno (1868-1912), Mutsuhito para os ocidentais — e as vitórias militares contra a China (1894-1895) e a Rússia (1904-1905) haviam conferido ao Japão uma sensação de superioridade em relação aos outros países. Os japoneses sentiam-se imbuídos da missão de civilizar o mundo, e um bom projeto era conquistar as Américas. Não pela guerra, mas pelo exemplo e pela força de trabalho. Foi nesse clima de euforia que jornais de Tóquio divulgaram relatórios do ministro Sigimura (1848-1906), embaixador japonês no Brasil, discorrendo sobre o futuro da cafeicultura e a escassez de mão-de-obra nas lavouras daqui.
Os relatórios chamaram a atenção de Saburo Kumabe (1865-1926), que se transformaria em personagem-símbolo dessa era. Formado em Direito, Kumabe era juiz em Kagoshima. Apesar da vida estabilizada, resolveu deixar tudo e seguir para o Brasil, onde, proclamava, os súditos do império japonês deveriam demonstrar sua superioridade. Pediu aos governadores provinciais de seu país que lhe enviassem jovens com disposição de emigrar. Aos 41 anos, Kumabe embarcou para o Brasil em maio de 1906, no navio Sanuki-maru, acompanhado da esposa, Iho, do filho, Keiichi, e das filhas, Mitsu, Teru, Toki e Hide, além de outros japoneses.
Inicialmente, as coisas não deram certo para Kumabe e seu grupo, que acabou se dispersando. Ele e sua família tiveram de trabalhar como enroladores de cigarros em São Paulo. Até que, em 1907, surgiu a oportunidade que esperavam: foram contatados por Ryo Mizuno (1860-1951), que presidia a Companhia de Imigração Japonesa. Mizuno estava interessado em alocar no Brasil imigrantes de seu país. Sabendo dos projetos de Kumabe, propôs-lhe a formação de uma colônia agrícola no interior do estado do Rio de Janeiro. Kumabe levaria para lá seus parentes e mais um grupo de imigrantes. Travava-se de um projeto inédito no Brasil. E, sobretudo, dificultoso, já que os japoneses não tinham familiaridade com o clima nem com os costumes brasileiros.
O local da empreitada foi definido a partir de um acordo com o governo do Rio de Janeiro. Em 3 de agosto de 1907, o jornal O Lynce informou que Mizuno visitara Macaé com um grupo de imigrantes para conhecer a Fazenda Santo Antônio, em Conceição de Macabu. “A fazenda, adquirida pelo governo do estado, se for aprovada pelos visitantes, será escolhida para receber colonos de origem japonesa”, publicou O Lynce. Mizuno, ao que parece, gostou do lugar. A família Kumabe, seguida de Ryoichi Yasuda, Shinkichi Arikawa e Tamezo Nishizawa, chegou a Macaé no dia 29 de novembro, fato também noticiado por O Lynce, na edição do dia 30: “Esses imigrantes”, escreveu o repórter, “são os primeiros que vão se localizar na Fazenda Santo Antônio, recentemente adquirida pelo governo fluminense para a instalação de uma colônia japonesa, conforme contrato celebrado com a Cia. de Imigração Japonesa”.
No dia 1º de dezembro, os imigrantes começaram a fazer um levantamento da propriedade. Era um latifúndio de mais de 3.200 hectares, com mananciais de água, florestas, paióis de milho e café, moinhos de farinha de mandioca e milho, estábulo, casa-grande e senzala do tempo da escravidão, capela e alambique. À primeira vista, uma propriedade com muitas condições favoráveis ao progresso de uma colônia agrícola. E eles puseram-se a trabalhar com o afinco e a coragem necessários para prosperar em um país estranho, cuja língua não entendiam. Em matéria de coragem, aliás, tinham tradição. Alguns imigrantes vinham de conhecidos clãs de guerreiros. A senhora Iho, esposa de Kumabe, descendia de uma família de samurais: os Tsuneoka, da província de Kanagawa. Outro imigrante descendente de samurais era Yusabugo Yamagata (1860-1924), da tradicional família Kobayashi, da província de Nagasaki.
A presença dos orientais logo chamou a atenção dos moradores de Conceição de Macabu, a vila mais próxima, com pouco mais de mil habitantes, servida na época pelo ramal ferroviário da Leopoldina Railway Company. Depoimentos colhidos durante recente pesquisa no local mostram o quanto a população de fato os estranhou. Dona Maria Magnólia da Conceição (1890-1999), filha e neta de feitores de escravos, comentou certa vez a respeito dos hábitos para ela exóticos dos japoneses. Comiam arroz e peixe em tigelas e se vestiam de maneira diferente. As crianças da colônia, para estudar, andavam até oito quilômetros por dia, cruzando pântanos e percorrendo trilhas desertas, até a escolinha de uma fazenda da região. O historiador Herculano Gomes da Silva, cujo pai tinha um comércio de secos e molhados no lugar, relembra histórias que os mais velhos contavam, segundo as quais japoneses eram vistos com freqüência circulando pela vila, vendendo arroz e artesanato e adquirindo mercadorias, como sal, querosene, ferramentas, tecidos, agulhas e linhas.
A colônia produziu leite e derivados, além de milho, feijão e arroz. Este era plantado nas inúmeras várzeas da propriedade, chegando a duas colheitas por ano. Com o passar do tempo, porém, os imigrantes foram desistindo do projeto. Outros japoneses foram enviados ao local pela Companhia de Imigração, mas também abandonaram a propriedade. A colônia acabou em 1912, quando Saburo Kumabe e sua família partiram. A exaustão do solo, a falta de apoio governamental e o desinteresse da Companhia de Imigração Japonesa levaram ao fracasso da experiência.
Mas não só isso. Vários colonos padeceram com a malária e houve crônicos ataques de saúvas às plantações. “O fato de ele [Kumabe] ter permanecido durante cinco anos, até o ano de 1912, nessa árida Fazenda Santo Antônio, a meu ver sem nenhum futuro e infestada de saúva e malária, deixa-me admirado pela perseverança, que a mim parece até temerária”, escreveu Teijiro Suzuki, em Umoreyuku Takujin no Sokuseki (“Rastros dos pioneiros que estão se apagando”), de 1969.
O Jornal Paulista, em reportagem de 1955, não poupa críticas a Ryo Mizuno, o presidente da Companhia de Imigração Japonesa, considerado um dos grandes responsáveis pela imigração maciça de japoneses para o Brasil. Segundo o periódico, Mizuno, como parte de um esquema de propaganda para atrair mais imigrantes de seu país, “publicou fotos da família Kumabe na revista japonesa Taiyo, apresentando-os como imigrantes japoneses bem-sucedidos no Brasil”. Mas, na prática, abandonou a colônia à própria sorte.
Diante de tamanhas dificuldades, restou a Saburo Kumabe abandonar o projeto e empenhar-se por um futuro digno para seus filhos, o que, de certa forma, conseguiu. Duas de suas filhas se formaram professoras em 1918. Um ano depois, naturalizaram-se brasileiras para serem efetivadas como titulares. Foram as primeiras japonesas a se formar em uma escola secundária no Brasil. Outro pioneiro da Santo Antônio, Ryoichi Yassuda (1879-1971), também viu seus esforços refletidos nos descendentes. Seu filho, Fábio Yassuda, foi o primeiro nissei a ocupar um ministério: o da Indústria e Comércio, no governo Médici, em 1969.
O sonho de criar no exterior um mundo novo, provando que o desenvolvimento da Era Meiji se explicava pela tenacidade e pelo talento de uma raça de homens superiores, caiu por terra. A realidade mostrou aos imigrantes que não bastava a vontade de vencer. Mas a história não termina aí. Em 1908, outro grupo de japoneses chegou ao porto de Santos a bordo do Kasato Maru. Eram 781 imigrantes. Como os da Fazenda Santo Antônio, também vieram para trabalhar no campo. Dessa vez, com reais possibilidades de êxito.
Marcelo Abreu Gomes é professor de História e Manifestações da Cultura Popular das redes pública e privada de ensino de Macaé e Conceição de Macabu. Autor do livro Antes do Kasato Maru (Gráfica Macuco, 2008).
Saiba Mais - Livros:
CLAVELL, James. Xogum – A Gloriosa saga do Japão. Rio de Janeiro: Editora Record, 1996.
LESSER, Jeffrey. Negociando a Identidade Nacional: Imigrantes, Minorias e a Luta pela Etnicidade no Brasil. São Paulo: Editora Unesp, 2001.
SAITO, Hiroshi. A Presença Japonesa no Brasil. São Paulo: TA Queiroz/Edusp,1980.
Saiba Mais - Filmes:
“Gaijin – Os caminhos da liberdade” (dir. Tizuka Yamasaki). Brasil, 1980. Embrafilme.
“Gaijin – Ama-me como sou” (dir. Tizuka Yamasaki). Brasil, 2005. Globo Vídeo.
Saiba Mais - Sites:
www.centenario2008.org.br
www.fjsp.org.br/guia/cap01_a3.htm
www.imigracaojaponesa.com.br
Curioso haver uma Companhia de Imigração Japonesa. Com certeza alguém ganhou muito dinheiro com isso.
ResponderExcluirFoi uma pena o desinteresse em manter o projeto. Imaginamos que a fazenda tivesse properado comercialmente.... humm me veio uma pergunta agora. Porque não deu certo se eles tinham tudo a disposição?
O Brasil estava sofrendo com grande problema, a falta de mao de obra.
ResponderExcluirJa o Japao estava sofrendo uma reforma, a ERA MEIJI.
Com isso o Japao estava se estruturando e se tornando um pais forte no cenario mundial.
Entao depois das vitorias militares japonesas sobre a Russia e a China, o Japao estava se sentindo superior aos outros paises, e queria espalhar essa superioridade pelo mundo nao com guerras mas sim com a força de trabalho.
Entao o Brasil podia oferecer ao Japao o que eles precisavam: TERRAS.
Os japoneses vieram comercializar por conta propria, o Estado ofereciam terras e eles a produçao.
Como pode se observa no texto os japones vieram parar ate em Conceiçao de Macabu na fazendo Santo Antonio mas a colônia acabou em 1912, quando Saburo Kumabe e sua família partiram. A exaustão do solo, a falta de apoio governamental e o desinteresse da Companhia de Imigração Japonesa levaram ao fracasso da experiência.
Na minha opiniao a propria companhia japonesa nao deu o apoio necessario para a prosperidade da fazenda. Eu acho que eles ganhavam mais dinheiro na imigraçao do que com a prosperidade do povo japones em territorio brasileiro.
NOMES: JUNIO(15) LUCAS(18) E RAPHAELA(29)
TURMA: 31
No começo do século XX, o Brasil precisava de mão-de-obra estrangeira para as lavouras de café, enquanto o Japão, passava por um período de grande crescimento populacional. A economia não conseguia gerar os empregos necessários para toda população, então, para suprir as necessidades de ambos países, foi selado um acordo imigratório entre os governos brasileiro e japonês.
ResponderExcluirNos primeiros dez anos da imigração, aproximadamente quinze mil japoneses chegaram ao Brasil. Pesquisas indicam que de 1918 até 1940, aproximadamente 160 mil japoneses vieram morar em terras brasileiras. A maioria dos imigrantes preferiam o estado de São Paulo, pois nesta região já estavam formados bairros e até mesmo
colônias com um grande número de japoneses. Porém, algumas famílias espalharam-se para outros cantos do Brasil como, por exemplo, agricultura no norte do Paraná, produção de borracha na Amazônia, plantações de pimenta no Pará, entre outras.
Colégio Módulo
Lohane Ferreli nº17 Cristine Lang nº(?)
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ResponderExcluirNo começo do século XX, o Brasil precisava de mão-de-obra estrangeira para as lavouras de café, enquanto o Japão, passava por um período de grande crescimento populacional. A economia não conseguia gerar os empregos necessários para toda população, então, para suprir as necessidades de ambos países, foi selado um acordo imigratório entre os governos brasileiro e japonês.
ResponderExcluirNos primeiros dez anos da imigração, aproximadamente quinze mil japoneses chegaram ao Brasil. Pesquisas indicam que de 1918 até 1940, aproximadamente 160 mil japoneses vieram morar em terras brasileiras. A maioria dos imigrantes preferiam o estado de São Paulo, pois nesta região já estavam formados bairros e até mesmo
Colônias com um grande número de japoneses. Porém, algumas famílias espalharam-se para outros cantos do Brasil como, por exemplo, agricultura no norte do Paraná, produção de borracha na Amazônia, plantações de pimenta no Pará, entre outras.
Colégio Módulo
Alunas:Lohane ferreli nº17 e Cristine Lang nº(?)
Por: Maria Eduarda Cosendey (nº19), Marina Nolasco (nº21) e Nayara Pavan (nº26)
ResponderExcluirColégio Módulo Macaé - turma 31
PARTE 1:
Sabe-se que o Japão é uma das maiores potências mundiais no atual mundo multipolarizado. Sua história envolve diversos pontos altos e baixos e influencia diversos países ao longo, principalmente, do continente asiático.
Porém, não foi à toa que os japoneses atingiram feitos extraordinários.
Desde 1854 o Japão mudou sua estrutura política isolada e feudal (Era Tokugawa) para uma nova fase, deixando de lado o subdesenvolvimento econômico e abrindo (mesmo que forçosamente, por nações poderosas) o seu caminho para a Revolução Industrial japonesa, que tinha como principal característica o avanço tecnológico vindo juntamente com o aprendizado que voltava com os intelectuais que se formavam no exterior e traziam indústrias junto. Nesse período, o Japão sofreu diversas mudanças para melhor, tais quais reformas educacionais e militares, a revisão dos chamados “tratados desiguais” que determinavam o poder das outras potências sobre a nação, o Imperador tomando posse e se utilizando de seu poder executivo, e a consequente transformação para potência regional. Era o início da Era Meiji, que revolucionou o país, propiciando oportunidades para a aristocracia, que ocupou importantes cargos na nova estrutura político-governamental, e para uma emergente burguesia que enriqueceu com os métodos industriais e financeiros importados do ocidente.
Mas os benefícios do enriquecimento do país ficaram nas mãos de poucos, e fazer rapidamente do Japão uma potência bélica do mesmo nível que as potências ocidentais foi prioritário em relação às necessidades sociais. A maior parte da população vivia no campo, onde impostos crescentes levavam mais e mais famílias à fome. Em busca de empregos e melhores condições de vida, muitos migraram do campo para as cidades, como o Japão é um arquipélago superpovoado, as opções logo se escassearam e o governo japonês passou a promover a emigração como alternativa.
Do outro lado, o Brasil tinha com principal fonte da economia a monocultura cafeeira, que dependia totalmente da mão de obra escrava, ou seja, dos negros. Em 1888, atendendo a pressões políticas e movimentos humanitários, o governo brasileiro aboliu a escravidão no país, e os senhores do café tiveram que buscar soluções para a crescente falta de mão de obra. A solução foi a mão de obra estrangeira, porém com as péssimas condições de vida que os senhores de engenho tratavam os trabalhadores, uma desmotivação começou a dominar a vinda desses imigrantes, que na época eram europeus, e alguns países impediram por anos a emigração de seus cidadãos ao Brasil como, por exemplo, a França e Itália. Assim o governo brasileiro começou a cogitar a possibilidade de trazer imigrantes da Ásia.
Por: Maria Eduarda Cosendey (nº19), Marina Nolasco (nº21) e Nayara Pavan (nº26)
ResponderExcluirColégio Módulo Macaé - turma 31
PARTE 2:
Mesmo com os problemas internos que se passavam com o Japão, o Imperialismo e a expansão dos domínios à região da Manchúria e à China permitiram seu crescente desenvolvimento. Porém, este entrou em declive quando ele acabou por ser destruído na 2ª Guerra Mundial por meio das [desnecessárias] bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki. Esse ataque aos japoneses foi a primeira jogada política dos EUA de maneira a demonstrar a imponência da nação para o mundo, uma vez que a Alemanha já havia se rendido quando os norteamericanos não suspenderam o ataque.
Esse seria o fim do desenvolvimento japonês se os próprios EUA não fizessem sua segunda jogada: o Plano Colombo. Este consistiu num plano de reconstrução da nação japonesa de forma tão bem sucedida que logo abaixo (mesmo que a diferença ainda seja enorme) dos EUA na classificação de potências mundiais vem o Japão. O objetivo desse plano, na realidade, era mostrar a eficiência e a supremacia do capitalismo e eleger um representante forte do sistema no continente asiático, especialmente porque o contexto mundial era a Guerra Fria, competição política, econômica e ideológica entre os EUA capitalistas e a URSS socialista.
A prova de que deu certo foi que o Japão realmente se tornou a inspiração para diversos países na Ásia, principalmente os Tigres Asiáticos, que atingiram um extremo avanço econômico decorrente do adotado sistema capitalista. Mas o esse plano não teria dado certo em qualquer outro país, e os EUA sabiam disso quando escolheram por ele. Os japoneses possuem diversas peculiaridades, como uma disciplina ferrenha embasada na ética confuciana, que é como se fosse um código de leis morais que regem a sociedade e suas atitudes, quase como uma religião. Essa ética é bem exemplificada no episódio dos imigrantes de Macabu, que tinham como características principais a perseverança, a calma, a ordem, a superação (mesmo sendo pobres eles não abriram mão dos estudos dos filhos) e o sacrifício pela nação, uma vez que eles não queriam desistir em nome da pátria, mesmo em meio de uma série de dificuldades. Com certeza os japoneses seriam um bom exemplo aos brasileiros se o projeto vingasse.
Conforme citado acima, o Brasil precisava de mão de obra estrangeira para as lavouras de café, enquanto o Japão, passava por um grande crescimento populacional e o orgulho de seus êxitos militares em cima da China e Rússia. Com isso eles se sentiam na necessidade de implantar seus métodos pelo mundo, não pela sua força militar, mas sim pelo trabalho. Contudo, o Japão apesar desse crescimento vertiginoso proporcionado pelo governo Meiji, não conseguia gerar os empregos necessários para toda a sua população. Então para suprir as necessidades tanto de Brasil quanto Japão, foi selado um acordo imigratório entre seus governos. Nos dez primeiros anos de imigração, muitos japoneses vieram para o Brasil. E esse número aumentou muito com o início da 1ª Guerra Mundial. A principal concentração de imigrantes estava em São Paulo, apesar de alguns terem se espalhado por outras partes do país. O início da imigração foi difícil. Os japoneses se depararam com uma língua e cultura totalmente diferentes, logo o preconceito se tornou uma barreira quase inexpugnável para a integração das famílias nipônicas no Brasil. Muitos tentavam voltar para seu país de origem, porém eram impedidos pelos fazendeiros, que os obrigavam a cumprir seus contratos de trabalho, que geralmente eram desfavoráveis aos nipônicos. Embora muitos tentassem voltar, muitos também optaram por fazer a vida em solo brasileiro, obtendo o sucesso. Com o início da 2ª Guerra Mundial, o Brasil entrou no conflito ao lado dos Aliados, declarando guerra aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Durante os anos de guerra, a imigração foi proibida e vários atos do governo brasileiro prejudicavam os japoneses que já estavam no Brasil, tais como a proibição da língua japonesa e manifestações culturais nipônicas, que eram consideradas práticas criminosas. Com o término da Guerra, as leis contrárias a imigração foram canceladas e o fluxo imigratório voltou a crescer. Atualmente, o Brasil é o país com maior quantidade de japoneses fora do Japão. Plenamente integrados à cultura brasileira, os japoneses hoje contribuem muito com o crescimento econômico e desenvolvimento cultural do nosso país.
ResponderExcluirColégio Módulo Macaé.
Ian Rocha Monteiro (nº 10) - William Ball (nº 36) - Fernando (nº 9)
Saudações Tricolores, rumo ao tetra!
Na Era Meiji o governante optou por fortalecer o Estado, constituindo-o na mesma medida em que eram estruturados os países mais desenvolvidos do Ocidente. Para alcançar este objetivo, o Imperador programou diversos projetos políticos, que decididamente converteram o Japão atrasado em um país adaptado aos tempos modernos.
ResponderExcluirMas os benefícios do enriquecimento do país ficaram nas mãos de poucos. Grande parte da população ficou desempregada e em busca de empregos e melhores condições de vida, migraram do campo para as cidades. Entretanto, sendo o Japão superpovoado, as opções logo se escassearam e o governo japonês passou a promover a emigração como alternativa.
Nessa época o Brasil era agrícola e extremamente dependente da monocultura cafeeira e com a abolição da escravidão e o país precisando de mão-de-obra o governo brasileiro tentou suprir a falta de trabalhadores com imigrantes europeus, mas as péssimas condições de trabalho e de vida, fez com que alguns países, impedissem que seus cidadãos emigrassem para o Brasil. Assim, o governo brasileiro passou a cogitar trazer imigrantes do Japão. Eles desembarcavam com destino certo e foram distribuídos em fazendas cafeeiras, enfrentaram um duro período de adaptação, caracterizado por forte preconceito e discriminação, além das doenças e a inexperiência na agricultura regional. No que resultou o abandono das famílias orientais em diversas fazendas
Colégio Módulo
Alunas: Érica Marques nº06 e Thaís Tinoco nº:34
Colégio Módulo Macaé.
ResponderExcluirTudo se relaciona com o começo da Era Meiji, em que os japoneses se sentiam superior aos demais paises, querendo civilizar o mundo e mostrar também o tamanho esforço com a sua mão-de-obra.
A partir daí vieram para o Brasil para produzir, ja que o nosso país estava em plena escassez de mão-de-obra nas lavouras. Kumabe e outros jovens japoneses resolveram vir com o fim de demonstrar sua superioridade.
Depois de algumas dificuldades foram se alojar no interior do estado do RJ, mas de acordo com as condições climáticas e costumes, a imigração japonesa e Kumabe resolveram partir levando o fracasso da experiência, o que levou ao fim o sonho de criar no exterior um mundo diferente e mostrando que a vontade de vencer ainda era pouco.
Bianca Chagas(1); Raysa Golosov(30); Emily Augusto(4).
Fernanda Pózes (08) e Júlia Costa (13)
ResponderExcluirColégio Módulo, turma 31
O Japão viveu durante 251 anos a Era Tokugawa que era uma espécie de feudalismo. Também tinha um Imperador que não governava, ou seja, estava presente por motivos religiosos e um Shogum que governava realmente. Nessa Era o país viveu um isolamento e teve como conseqüência a não progreção econômica, como a Europa e os Estados Unidos.
Em 1854 a EUA abriu os portos do Japão por meio de um tratado comercial, onde tinham interesse no mercado japonês, pois podia vender o que quisesse por qualquer preço e sem imposto. Mas este deu origem a vários outros tratados, chamados de Tratados Desiguais.
Depois de muitos problemas o Imperador chegou à conclusão que ou ficava como a China (explorada por todos) ou se desenvolvia.
Então ocorreu a Revolução Meiji, onde se destituiu o Shogum, o Imperador assumiu o poder, houve reforços na marinha/exercito (onde romperam os Tratados Desiguais), também ocorreu à reforma educacional (causando a Revolução Industrial).
Daí a Era Meiji é a Revolução mais as suas conseqüências, que são a industrialização e o Imperialismo, onde o Japão ocupa áreas da Coréia e da China. E acabou sendo transformado em um país capitalista.
E com todas essas alterações o governo japonês acabou aumentando a taxa de imposto sobre a pesca e a agricultura causando um efeito dominó, onde seus habitantes perdiam o emprego e ficavam sem hospedagem, sem alimentação e sem outras necessidades básicas.
Contudo estes foram procurar outros lugares para se reestruturar e acabaram chegando a Conceição de Macabu, mas precisamente na Fazenda Santo Antônio. Aonde vieram comercializar por conta própria o que conseguissem plantar e colher, num sistema em que o Estado entrava com a terra e eles, com a produção.
Com tal plano esses imigrantes tinham tudo nas mãos para dar certo, mas por fim a exaustão do solo, a falta de apoio governamental, o desinteresse da Companhia de Imigração Japonesa e ainda vários colonos padeceram com a malaria e houve crônicos ataques de saúvas às plantações acabaram levando ao fracasso da experiência.
E com essa derrota a vontade que tinham de criar um novo mundo provando que o desenvolvimento da Era Meiji era explicado pela vontade e pelo talento de um povo deu errado. Mas depois uma nova remeça de imigrantes desembarcou com o propósito de trabalhar no campo, mas com verdadeiras possibilidades, com o pé no chão!
Lara Carolina nº 16
ResponderExcluirModulo macae
Sabe-se que as medidas tomadas pelo Japão só poderam concretizar-se de forma absoluta graças a preparação do país e de seu povo para aderir as mudanças.
Como já foi visto no "milagre japonês" onde um país feudal e isolado viu-se obrigado a participar do mundo capitalista; porem diferente do que se observa quando um local é obrigado a fazer algo, o Japão não foi explorado como a China e afins.
O povo japonês era um povo muito sábio, um povo esforçado e trabalhador.
De capitalista o Japão se transformou em imperialista, algo que pra muitos seria impossivel, mas graças as medidas tomadas pelo governo japonês, o Japão "bateu de frente" com os grandes. E como já era de se esperar, isso encomodou, surgindo guerras e revoltas contra o Japão.
Um fato que é observado sobre os costumes japoneses é o respeito para com os idosos, onde os mesmo são vistos como aqueles que se sacrificaram por seus sucessores.
Sobre a imigração; o Japão é um país com pouca extensão territorial; sendo implementados projetos para emigração.
O Japão é um país onde o preconceito com os Gaijins era algo certamente visivel; e agora por ironia do destino eles seriam os Gaijins, vieram ao Brasil e à outras terras e mostraram seu carater trabalhador.
O incrivel é que foi preciso vir um povo do outro lado do mundo para ocupar terrras brasileiras e assim tansforma-las produtivas.
Hoje o Brasil é o país que possui a maior colonia japonesa, o que é possivel observar em São Paulo, que já possui um bairro japonês, a Liberdade. Mas não é preciso ir muito longe, já que qualquer cidadezinha brasileira tem uma pastelaria Chinesa ou Japonesa.
O japão é um dos países que mais surpreendem, pois alem de suas superações o país é inspirador.
O que mais esse país irá nos proporcionar?
No seculo XIX O japão estava super povoado pois o país tinha ficado isolado do Mundo durante muitos anos do período Edo (Xogunato Tokugawa), sem guerras, epidemias trazidas do exterior ou emigração. E o Brasil com a expansão das plantações de café, faltava mão-de-obra na zona rural paulista no final do século XIX e no início do século XX. A economia cafeeira foi o grande motor da economia brasileira desde a segunda metade do século XIX até a década de 1920. Apesar de que o governo queria a entrada da populaçao europeia para o Brasil, com a intençao de "branquear" o brasil, eles permitiram a entradada dos Japoneses que vieram na intenção de se enriquecer no brasil. Felipe Assunçao e Yago Tavares
ResponderExcluirEsse fato comentado no texto postado, deve-se ao Japão, na época estava passando por uma forte mudança em seu país, em busca de desenvolvimento de seu país. Mas com essa mudança radical que o Japão estava sofrendo, a chamada Era Meiji, alguns japoneses resolverem migrar p outras terras com fins de trabalhar como agrícolas em terras de outros lugares, como o que aconteceu no Brasil, onde estava escassa a mão-de-obra agrícola. Muitos japoneses migraram para cá para trabalhar em terras que foram cedidas, assim como a citada perto de Conceição de Macabú, mas a experiencia desses trabalhadores nao foi muito boa, onde acabaram voltando para o Japão após o fracasso de seu trabalho em nossas terras.
ResponderExcluirIsabella Lemos (11) e roberta Muros (31)
Com o período do café no Brasil, precisava de mão de obra,sendo usada estrangeira para as lavouras e o Japão, passava por um grande crescimento populacional e o orgulho de seus êxitos militares em cima da China e Rússia.Sentindo a necessidade de implantar seus métodos pelo mundo, não pela sua força militar, mas sim pelo trabalho.O Japão com o crescimento vertiginoso proporcionado pelo governo Meiji, não conseguia gerar os empregos necessários para toda a sua população, e para suprir essa necessidade de ambos foi selado um acordo migratorio.
ResponderExcluirCristal(3) Jade(12)
Com o período do café no Brasil, precisava de mão de obra,sendo usada estrangeira para as lavouras e o Japão, passava por um grande crescimento populacional e o orgulho de seus êxitos militares em cima da China e Rússia.Sentindo a necessidade de implantar seus métodos pelo mundo, não pela sua força militar, mas sim pelo trabalho.O Japão com o crescimento vertiginoso proporcionado pelo governo Meiji, não conseguia gerar os empregos necessários para toda a sua população, e para suprir essa necessidade de ambos foi selado um acordo migratorio.
ResponderExcluirCristal e Jade
Com o período do café no Brasil, precisava de mão de obra,sendo usada estrangeira para as lavouras e o Japão, passava por um grande crescimento populacional e o orgulho de seus êxitos militares em cima da China e Rússia.Sentindo a necessidade de implantar seus métodos pelo mundo, não pela sua força militar, mas sim pelo trabalho.O Japão com o crescimento vertiginoso proporcionado pelo governo Meiji, não conseguia gerar os empregos necessários para toda a sua população, e para suprir essa necessidade de ambos foi selado um acordo migratorio.
ResponderExcluirCristal e Jade